quarta-feira, 22 de setembro de 2010

MANU, a menina que sabia ouvir!

Ai...voltando...

Saudade...ixi..época de saudades?

Quero contar de um livro de infância.

Exatamente este, com esta capa.

MANU, A MENINA QUE SABIA OUVIR

(por muitos anos eu queria por o nome de uma filha de Manu)

Encontrei no blog homônimo do livro esta sinopse:

"Não é que Manu desse tão bons conselhos, ou sempre encontrasse as palavras certas para dizer. Não é que ela divertisse o pessoal, cantando, dançando, ou tocando algum instrumento. Não é que ela tivesse poderes mágicos, ou lesse a mão, ou enxergasse o futuro.
O que Manu sabia fazer melhor do que qualquer outra pessoa, era ouvir. Não é coisa que qualquer um pode fazer. E a maneira como Manu ouvia era realmente fora do comum. Manu ouvia de um jeito que fazia as pessoas burras terem idéias inteligentes. Ela não dizia, nem perguntava, nada que pudesse pôr tais idéias na cabeça das pessoas: ela ficava simplesmente ali sentada, ouvindo com atenção e simpatia. E fitava a pessoa com seus grandes olhos negros, dando-lhe a impressão de que as idéias que surgiam haviam nascido espontaneamente.(...)
Era essa a maneira de ouvir de Manu."

Michael Ende

E a história é incrivelmente rica, os personagens amigos de Manu, apresentados detalhadamente, tornaram-se meus amigos também. Guido Guia e suas mirabolantes histórias, haviam capítulos somente com as fantasias deste rapaz (Que tornavam-se mais excêntricas na presença de Manu), as crianças que vinham brincar no velho anfiteatro, onde Manu morava e também brincavam vivamente por ali. O Velho Beppo tão leal, responsável, meticuloso, um amigo ideal.
Vários habitantes da cidade, enfim que beneficiavam-se da companhia silenciosa, meiga e carinhosa de Manu.
Até aparecerem os Homens Cinzentos, roubando o tempo de todos, menos de Manu, a quem nunca puderam por as mãos...essa era a riqueza dela, ela não era capaz de cair em nenhuma cilada do tempo...ela era Senhora dele. Saudades tenho do Mestre das Horas, que zelosamente observava e guiava Manu e salvar seus amigos.
O capítulo detalhando o encontro de Manu com sua Flor (agora nao lembro, Flor das Horas ou Flor do tempo?) no templo do coração, está guardado em minha memória e a canção que ela ouviu...também eu ouvi, embora a minha canção seja minha e a dela, fosse a dela.

Não preciso mencionar que reli este livro num número absurdo de vezes.
Acho que ela (Manu) é responsável por ser eu uma boa ouvinte.

Ah...que bem fazem as histórias!



*blog Manu, a menina que sabia ouvir

http://manuameninaquesabiaouvir.blogspot.com/

2 comentários:

Manu disse...

Que lindo!!!!
Adorei sua maneira de ver o livro!!!
Manu também me ensina muito, nesses dias de hoje tão turbulentos, onde quase ninguém tem tempo pra ouvir o "outro", Manu tb é minha fonte de inspiração..
Abração!!!

Anorkinda disse...

Olá!!

Obrigada pela visita!

Ouvir é tudo de bom!

Abraços!