sábado, 8 de janeiro de 2011

LOUCURAS

Olá, bloguinho!


Um dia destes, uma amiga disse ter curiosidade de saber quais loucuras eu já cometi na vida...
Ela não deve ter lido o dia em que eu disse que sou uma pessoa bem sem graça!
Mas fiquei pensando...nas loucuras minhas, que não são cinematográficas, mas rendem uma listinha...
vamos ver:(cronologicamente)


- Amei de paixão avassaladora o chão de parquê do apartamento em que fui morar aos três anos de idade.Ainda escreverei sobre isso...mas é loucura ou não é..? Ficar parada por horas, eu falei horas inteiras, admirando o parquê, sentindo seu frescor, decorando as diferenças de tom de um taquinho para outro, eu encostava a bochecha no chão para senti-lo...essa paixão durou 7 anos!


- Eu comecei a amar cantores e músicas, também por este período anterior aos dez anos de idade, a primeira experiência, aquela que nunca se esquece, foi um compacto do Marcio Greick! Não lembro que música era, mas eu pedia pra repetirem a faixa e eu chorava, a música era romântica...germén das minhas eternas repetições de lágrimas e músicas preferidas...


- Com doze ou treze anos fomos passar uma temporada na praia...eu já era traça de livros, lia tudo o que me aparecia pela frente, levei um romance pra ler...não lembro o título mas lembro bem da história. A loucura? Fiquei enfurnada em cima da cama e não saí à praia antes de terminar a leitura...terminei de ler o livro quando acabaram-se os dias do veraneio (Acho que o livro era grande!). Quase nem vi o mar...


- Me inscrevi num curso de ginástica olímpica aos 12 anos também...maior loucura! Era de manhã cedo! Não havia nada que me incentivasse a sair debaixo dos cobertores em inverno gaúcho...mas com muito e muito e muito trabalho de minha mãe que ansiava ver-me movimentar um pouco os músculos, eu ia...e me divertia por lá, quase esquecia a cama!


- Não sei a idade (em que ano passou a novela em que Tony Ramos era surdo-mudo?) esta novela abordou este aspecto da vida, a deficiência auditiva... eu aprendi as letras do alfabeto surdo-mudo e até hoje, quase quarenta anos de idade...se eu estou parada, assistindo tv ou outra coisa monótona...eu escrevo o que ouço na linguagem dos dedos...adoro movimentá-los...é mania, é loucura!


- Loucura adolescente: Nunca gostei de formaturas, cerimônias quaisquer que em colégio de padres sempre rolava...ia chegar a minha vez...formatura de 8ª série! Eu avisava que não iria, mas eu sabia que a força da família seria maior que minha birra. Mas um fato salvou-me... tinha show do RPM na mesma noite e horário! \o/ Nada me afastou da fila, do vuco-vuco de estar pertinho do palco, espremida, suada, e muito feliz! (Nunca compareci a uma formatura minha)


- Loucura de 15 anos: Jamais sonhei com festa de debutância (nem vestido de noiva...arghhh) então pedi uma viagem de aniversário...as finanças da família me enviaram de carona para a temporada de praia do meu tio em Garopaba...mas tá bom, tudo é válido pra não ter festa, protocolo e palhaçada a quatro!), o festejo do aniversário mesmo, data e hora ... 16 de fevereiro, 21:30 da noite...eu estava na rodoviária voltando pra casa, sozinha, (seria minha primeira viagem sozinha) mas com a família do tio e os amigos da praia cantando parabéns pra mim, debaixo de um guarda-chuva gigante porque chovia a cântaros! Tudo a ver já que sou aquariana...


- Loucura mais séria: Engravidei aos 17 anos. E não foi acidente! Eu era 'praticante' e não usava (e não uso) anticoncepcionais, todos afrontam gravemente a integridade feminina a meu ver e sentir. Mas loucura maior mesmo foi manter-me casada com o pai desta criança por 15 anos! huiauhuhuha


- Loucura desafiadora: Dois filhos pra criar e incentivei fortemente o marido a abandonar o empreguinho mixo para montarmos um negócio próprio, artesanal ainda por cima! E não é que deu certo?! ^^


- Loucura redentora: Chamei meu pai, que de fusquinha, foi me buscar com mala, cuia, rebentos e coragem pra sair de casa (da casa própria) pra enfim, sentir-me livre, sentir-me Eu Mesma!


- Loucura de amor: Viajei pra uma cidade desconhecida, para o meio do mato, a fim de colocar ou os pontos finais ou novos refrões na história mais forte de amor que havia vivido até então...Venceu o ponto final mesmo...e de Exclamação!


- Loucura santa: Quando meu filho sofreu traumatismo craniano e foi para a mesa de cirurgia, eu tinha certeza de que ele morreria, eu já tinha sonhado com isso tantas vezes... sozinha no corredor do hospital, rezei pra ele ir em paz, sem preocupar-se comigo...ao terminar a oração, no exato instante, o cirurgião me chama dizendo que o guri ficaria bem! (Ele decidiu ficar comigo...hehehe)


Nossa mergulhei no passado, ainda faço loucuras, mas das virtuais, tu já conheces, bloguinho meu...


Acontece que sou guiada por aquele sentimento famoso e que adora se fazer de inacessível, pura fita...o AMOR!


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