terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

BBB

Passei 10 anos sem precisar falar de Big Brother, mas agora pulsaram-me as veias...hehehe




Não considero o programa uma maravilha e bem prefiro ler um ou vários livros ao invés de acompanhar as peripécias dos brothers e âncoras. Mas, toda a agitação em que fica a intelectualidade me incomoda muito mais do que o desfile de bundas e peitorais em gaiola de luxo.


Os argumentos usados para avacalhar com o programa são sempre altamente preconceituosos, arcaicos, de defensores do velho sistema, geralmente não leio.


Falam em banalização do sexo, o que eu vejo não é a banalização, mas a 'escancaração'... deixar à mostra coisas que as pessoas 'de sociedade' gostavam tanto de esconder debaixo de tapetes e cortinas. Como o fato das atrações sexuais entre as pessoas (seja homo ou hetero), pois é uma verdade da natureza que sentimo-nos atraídos por algumas pessoas, mesmo que sejamos compromissados, casados e tais... Rola... Não tem jeito. E os participantes demonstram isso. E a sociedade aqui fora escandaliza-se!
A invenção do casamento monogâmico (todos já sabem que nasceu por motivos econômicos) obriga a supressão dos sentimentos, quando estes são naturais e nada querem saber de status sociais ou pactos de fidelidade. Não estou defendendo traições, adultérios, mas estou mostrando que é natural acontecer 'atrações' por uns e outros e é hipócrita negar isto! É o corpo que fala, são os chakras que se comunicam e no zoológico humano cercado de camêras não há como evitar de 'escancar' este fato e portanto de 'escandalizar'.


Acho que este é apenas UM dos aspectos arcaicos da sociedade que o BBB auxilia a quebrar. E quando eu falo em quebra de padrões, eu vibro numa felicidade imensa, quase saio saltando por aí 'a lá Tigrão' uhuhuhuuuu.


Defensores do BBB falam de análises sociológicas. Eu nunca me aprofundei a respeito, mas os debatedores do programa bem poderiam ler sobre para então acusar os telespectadores de desprovidos de inteligência. Com o detalhe de que existem vários tipos de inteligência, a intelectual é apenas UMA delas.
Achincalhar Pedro Bial. Sabe-se, pela história do repórter em questão que ele é uma pessoa inteligente. Se ele abraçou a proposta do programa é algo a ser respeitado. Julgá-lo é uma ação daninha em todos os sentidos.


O que eu sinto, e eu sinto mais do que penso, é uma inveja bem grande pelas comodidades ali desfrutadas pelos participantes. Compara-se com a vida comum do brasileiro, numa situação que não requer comparações. A vida cotidiana é uma coisa, o show é outro. As pessoas ainda estão no velho vício de endeusar o pobre e menosprezar a riqueza. Poxa gente, deixa o rico ser rico! Cada cidadão tem direito a ter e ser o que quiser. Eu não me inscreveria para participar do BBB mas respeito quem o faz. Quem acusa não respeita. Quem acusa, julga.
Quem acusa cai no mesmo procedimento que o programa quer que se faça: Julgamentos.
Não são diferentes de quem participa telefonando para o programa.


São estes os pontos que considero prejudiciais no programa ( o mesmo acontece com novelas) : fomenta os telespectadores a serem julgadores dos que lá estão expostos, quem merece, quem não merece, etcs... e alimenta financeiramente a emissora.


Assim como defendo que se assista inteligentemente uma novela, defendo que se saiba assistir BBB!


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